domingo, 30 de maio de 2010

"A Marca do Zorro" mistura leveza e ação

"A Marca do Zorro" traz ingredientes como a diversão, a alegria e a descontração para contar a história de um jovem mascarado que busca a justiça e a paz para os “fracos e oprimidos”. Tudo muito semelhante às versões demasiadamente explorada pela indústria cultural nos filmes, nas revistinhas em quadrinho e nos cinemas, exceto pela perspicácia e originalidade de um Diego de La Vega, digamos, um pouco afetado, ou se preferir, uma tremenda bichona.

É uma peça para agradar a toda família desde os mais novos até os mais idosos. No elenco, nomes como Priscila Fantin no papel de Esperança Polido, Thierry Figueira no papel de Zorro/ Diego de La Vega e Tadeu Mello como o sargento Garcia, além de mais 16 atores que dão um show de talento e esbanjam energia nos duelos de esgrima.

O figurino, no entanto, deixa a desejar. Vemos um Zorro com uma roupa muito apertada e músculos de academia que não existiam no século XIX e, ainda, lança a incógnita: onde está a capa do Zorro?. As vestimentas das mulheres parecem que foram tiradas do baú da vovó e empobrecem as cenas, como a família rica Polido tem vestimentas tão simplórias? Em compensação, o jogo de luzes e a agilidade da peça, dirigida por Pedro Vasconcelos, enriquece a história. Vale destacar ainda o cenário com extensão ao público que permite uma aproximação dos atores com a plateia.

A dança flamenga é outro ponto alto da apresentação, com uma coreografia perfeita de deixar qualquer um de queixo caído. Os atores e atrizes, na sua maioria, são jovens com rostos novos que certamente ainda vão aparecer nas telas de TV.

Quem não viu, pode conferir a peça em cartaz, agora, em Petropolis/RJ. Uma história leve, de enredo fácil que leva a mensagem de justiça, paz, solidariedade e amor. E no fim, o bem vence o mal, como em todas boas tramas de dramaturgia. “A Marca do Zorro” é uma boa opção de diversão e, por que não, de estímulo aos jovens atores que enveredam nos palcos da vida e veem novas possibilidades de expandir a veia artística, não apenas na TV.